Estamos em áreas como saúde, educação, meio ambiente, defesa da democracia, direitos humanos, combate à fome e à desigualdade, geração de renda, cultura, esportes, luta contra o racismo, proteção à infância e muitas outras.
Números do IBGE, de 2016, mostram que a saúde emprega 36,9% de todas as pessoas que exercem trabalho remunerado no terceiro setor. Uma pesquisa do Fórum Nacional de Instituições Filantrópicas (FONIF), de 2022, destaca ainda que 33% dos leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) estão em hospitais sem fins lucrativos.
Outro setor que se destaca é a Educação. Segundo o IBGE, a área emprega 23,6% dos trabalhadores do terceiro setor. Já o FONIF indica que as escolas sem fins lucrativos representam 18% das matrículas da rede privada na educação básica e 12% na superior, com 778 mil estudantes sendo beneficiados por gratuidades, bolsas ou financiamentos estudantis em escolas filantrópicas.
Milhares de ONGs, muitas formas de fazer a diferença
Os tipos de atividades que as ONGs exercem e os serviços que prestam são bem variados. Muitas atendem diretamente às necessidades da população, como, por exemplo, as que distribuem comida, roupas, ajudam a educar crianças, jovens e adultos ou prestam serviços de saúde.
Outras atuam em atividades que nem todo mundo vê acontecer, mas que são igualmente necessárias, como a pesquisa em saúde, ciências sociais e outros campos. Esse tipo de organização gerou resultados como as práticas de prevenção ao HIV-AIDS, por exemplo, ou o soro caseiro, usado contra a desidratação, que, tristemente, era uma das causas mais comuns de mortes de crianças no Brasil.
Há ainda as que trabalham para conscientizar a população sobre temas importantes para todos e todas, e também pressionam os governos e as empresas até que adotem medidas que melhorem a vida em sociedade, como, por exemplo, proteger o meio ambiente, defender os direitos das mulheres, das crianças e adolescentes, combater o preconceito e a violência contra minorias.
Algumas ONGs ajudam a salvar vidas, como as que atuam em emergências, desastres naturais e outras situações extremas. Outras ajudam a melhorar as condições de vida, como as que implantam cisternas para captação de água da chuva ou constroem moradias.
Nunca substituímos o governo, mas podemos somar
Nosso trabalho, muitas vezes, colabora para que as políticas públicas alcancem mais pessoas e se adequem a diferentes realidades locais. Um dos fatores que contribuem para isso, é que as ONGs são formadas por pessoas que conhecem de perto as realidades em que decidem atuar.
O formato das instituições do terceiro setor permite maior flexibilidade em comparação com governos e empresas. Por isso, temos mais facilidade para experimentar, testar, produzir conhecimento, inovar, criar metodologias e tecnologias pioneiras e de baixo custo.
Muitas vezes, iniciativas bem-sucedidas se transformam em projetos-piloto que podem até ser adotados por empresas ou incorporados às políticas públicas.
